O que é Deus para mim
Em um determinado momento na vida, mais especificamente quando deixamos de lado as heranças religiosas e culturais de nossos familiares, passamos de certa forma a sermos vistos como céticos, pois não seguimos aquilo que já está mastigado, ruminado, pronto em conceitos e teorias religiosas.
A juventude e sua magnífica força de questionamento, faz com que adotamos na prática o termo muito popular: "ver para crer".
Após esse período de questionamento e consequentemente de vazio, pois teorias se desfazem, dogmas são quebrados, deuses desmistificados, presisamos de algo que preencha essa lacuna.
Este vazio, mesmo que necessário para reflexão, coloca -nos em situações desagradáveis, desconfortáveis.
Tudo muda de forma distinta para cada indivíduo, manfesta-se por empatia para alguns, uns seguem esse conceito todo já descrito anteriormente, já outros precisam de epiderme, de coisas mais palpáveis.
Um exemplo que ilustra bem acontece no ano de 2015 quando um jovem dentista engajado em um projeto social no Amazonas, após atender muitos pacientes ribeirinhos no "Barco Saúde Laguna Negra". Já cansado este mesmo jovem ao subir as escadas em direção à cabine para descansar depara-se com Deus.
Na verdade como ele descreve, deparou-se com o céu mais magnífico e poético que tinha visto em toda vida. Foi quando ele olhou para aquela imensidão no meio do rio Purus e um arrepio lhe tomou o corpo todo até lhe tirar um sorriso singelo, que ele pode sentir o tato de Deus.
Ainda continuou observando um pouco mais o céu e como relata, parecia que as estrelas lhes observavam num olhar divino.
Toda sua busca se resumia: Deus estava ali diante dele.
Deus se fez presente pra este jovem sem teorias infundadas, sem religiões, sem pregadores, manifestou-se na gratidão em consequência daquele projeto social em forma de caridade e amor ao próximo.
Quem ousa explicar Deus em teorias ou seitas atreladas antropologicamente em culturas distintas, perde a oportunidades como a desse jovem.
Deus não pode ser descrito, pois não se manifesta de forma pluralista e sim singular, e assim sendo, submete-se à subjetividade de cada indivíduo.
Deus é subjetivo, pois é amor, cada um ama como pensa...Como deseja....Como preenche este vazio.
Deus é poesia caridoso.É simplicidade.
Luxo não é Deus.
Tradição não é Deus.
Cultura não é Deus.
Para que mais?
O ateísmo é contraditório, pois ninguém "não acredita" antes de acreditar.
As religiões não existem, pois Deus não é teoria para os cultos e exploração para os ignorantes, é vivência.
Enfim, tudo teórico, Deus não.
Glauco Viana e Alexandre Pereira
Enviado por Glauco Viana em 27/01/2017