Um amigo me perguntou se me chama de gay ou viado.
Qual eu preferia?
Dei risada: que tal me chamar pelo meu nome?
Eu não saio na rua chamando ninguém de hétero, de sadomasoquista, de boqueteira.
Que mundo misterioso é este que os homossexuais atraem?
Não consigo entender que curiosidade é esta que os gays instigam.
Será que é vontade reprimida?
Vontade de jogar a chave do armário fora?
Falta de coragem de pedir um cunete?
O mundo parece precisar de esterótipos para sobreviver.
É uma necessidade de ter uma religião como sobrenome, um cargo como protetor, um status como alívio ou amigos importantes para esconder os pecados....
Engraçado esta curiosidade e esta necessidade de codinomes para tapar a essência.
Há uma vergonha de ser si mesmo.
Há uma obrigatoriedade generalizada de ter para mostrar o ser...o ser não basta, pois não se é nada - o homem precisa de marcas, de carros, de viagens, de redes sociais para sustentar sua carência e sua covardia para simplesmente dizer: eu sou o que sou.
Não importa a condição sexual, a condição financeira, a condição social....o que importa é a consciência e o que se faz para si mesmo e para o crescimento humano, sendo gay, viado, comedor, corno, patrão, empregado...
Ser sempre....!!!!