FOMOS ILUDIDOS
Que coisa louca é ter que assistir, participar e pagar inocentemente um preço caro pelos devaneios desumanos da humanidade.
É fato que temos culpa em muitos atos. A fome é culpa do nosso egoísmo. A violência é culpa da nossa ira e a desigualdade social é culpa da nossa falta de amor pelo próximo, mas que culpa temos pelo passado que assombra o futuro e esquece do presente?
Que culpa temos se as guerras mataram, as religiões mataram e se os poderosos ainda adoram sangue?
Que culpa temos?
Será que temos culpa ou fomos iludidos?
Os bons que trabalham honestamente, que adotam menores abandonados, que ajudam os mais necessitados, que pagam impostos e seguem assiduamente as leis, que participam harmoniosamente na construção familiar saudável - estes não deveriam pagar um preço caro.
Temos bancos que nos roubam descaradamente.
Temos alguns líderes religiosos que nos roubam descaradamente.
Temos bandidos que são votados e quando se elegem nos roubam também descaradamente..
A "coisa" está ficando séria!
Os bons nunca pagaram tão caro por serem honestos.
Fomos iludidos: esta é a explicação.
Fomos iludidos tanto pelo capitalismo cruel e sanguinário como espiritualmente. Inventaram as religiões e transformaram Deus em caricatura de nota de cem dólares.
Vendemos nosso corpo ao capitalismo e nossa alma às religiões.
Acreditamos na democracia, mas nunca sentimos o doce sabor de ser um cidadão respeitado.
Fomos iludidos desde do passado e agora não sabemos viver o presente, pois acreditamos que devemos juntar dinheiro para o futuro.
"Sem ganhar dinheiro não dá para colocar meus filhos na PUC, não dá para levá-los ao Beach Park e nem pagar um show do Luan Santana para eles se divertirem."
Sem ganhar dinheiro não dá nem para pagar dízimo - e desde de pequenos ouvimos dos nossos pais que pagar dízimo é obrigatório e agrada muito a Deus.
Fomos cruelmente iludidos!
Mataram por dinheiro.
Fizeram tudo que é natural virar dinheiro (esporte, saúde e educação principalmente).
Trocaram inteligência por dinheiro e agora querem nos vender a felicidade.
Não há receita para felicidade, existem apenas meios - como por exemplo, usar a "atenção" como meio para lidar com os devaneios da humanidade.
Os bons não podem mais pagar um preço caro inocentemente.
ATENÇÃO!
O mal vence com a desatenção do bem.
Glauco Viana
Enviado por Glauco Viana em 26/03/2014