A pergunta mais ardida e mais reflexiva do momento é " o que é ser cidadão?"
Em todo o planeta estão surgindo gritos mais gritos de socorro para esta tão ilustre pergunta.
- O que somos nós cidadãos?
- O que sabemos sobre isto e o que podemos fazer com isto?
Diante de um avalanche de injustiças, poderes e consumismo exacerbado, não sabemos de nossos direitos simplesmente porque sempre estivemos dormindo.
Se inventaram esta coisa esdrúxula de "cidadão", então vamos saber o que é e como podemos lidar com isto.
Se somos cidadãos e - até mesmo seus inventores dizem isto - se isto é verdade mesmo, "está dando merda na coisa" - "a receita está errada", algo deve mudar.
Se temos direitos realmente, o que estão acontecendo com estes direitos que não estão sendo aplicados?.

Tem coco no angu!
Tem xixi no chá de xícara da vovó!

Os poderosos falam que temos direitos, mas criam formas destes direitos serem exclusivos somente a eles...
... Ser cidadão é algo injusto.
Nenhum direito que está no papel está sendo cumprido.
Não fomos nós que inventamos este troço ai, mas já que inventaram, por que não são cumpridos?

- Por que?

- Porque estávamos dormindo até hoje.
Apenas isto!
Temos leis que nos protejam ( não vamos esquecer que também não fomos nós que inventamos lei)...se as leis existem e somos os maiores prejudicados - a culpa não é dos poderosos e dos ricaços, a culpa é nossa...

- Você sabe onde é o puteiro, mas nunca foi ao forum.
- Você sabe como dançar quadradinho de quatro, mas não sabe para que serve o Ministério Pública, nem onde fica isto.
- Você acha que PROCON é nome de ansiolítico.
- Você e eu não sabemos muita coisa não....estávamos dormindo!

Os políticos que nos enchem de injustiças e só pensam em leis que os protejam naõ são os culpados, são os espertos...os idiotas são os eleitores, os pagadores de impostos exorbitantes, os que passam fome, os que ficam horas em filas de hospitais, os que são violentados pela polícia...a culpa é nossa.

Enquanto continuarmos votando em corruptos, nada vai mudar.
Enquanto não abrirmos os olhos para as injustiças e nos unirmos para defendermos nossos direitos, nada saíra do lugar.
Enquanto não entedermos o valor da união da espécie em prol da justiça, seremos fantoches destes poderosos, e, independente do tipo de ordem, sempre alimentaremos toda desigualdade humana.

Ser cidadão e fazer desta palavra algo que valhe a pena, só depende de nós - e se muitos de nós não tiverem condições de lutarmos, apelaremos para caridade.

Ser cidadão começa na caridade e se encerra na consciência.

Glauco Viana.