CAÇA AOS ALIADOS POLÍTICOS
Hoje apareceu em meu consultório um paciente que já foi assessor de um ex-deputado federal do Estado de São Paulo. E, para piorar um pouco mais, seu ex-patrão era aquele típico deputado corrupto e ganancioso.
Prato feito para eu disparar perguntas. A consulta durou quase cem minutos, mas eu fiquei sem dúvidas.
Descobri tantas barbaridades que uma raiva inédita me perturba neste momento.
É tanta “fdputagem” que a caneta está afundando o papel agora.
RESUMINDO: Somos guiados por criminosos; somos representados por pessoas ( ou muitas pessoas) que transformaram o Poder Executivo em Coronelismo, o Poder Legislativo em Mensalões e o Judiciário em Cartel.
Existe muita gente ruim em Brasília. Ainda bem que a capital do Brasil é Brasília, pois se fosse Ferrari era bem capaz de termos capangas nos esperando na porta do banco para pegar boa parte do nosso salário.
Apesar de que a realidade não fica longe disto não.
Segundo este meu paciente, muitos deputados montaram uma verdadeira quadrilha para ganhar eleições e permanecerem no poder o máximo de tempo possível.
Além de compra de votos, pagamento de propinas, favorecimento em licitações, falsificação de títulos e “presentes para vereadores”, existem “assistentes” espalhados em microrregiões que comandam o esquema como capangas.
Os aliados acabam sendo tão e, às vezes, mais perigosos que os políticos.
Os políticos que comandam estas regiões ficam atentos a tudo que ocorre nas cidades aliadas e geralmente muito dinheiro é envolvido.
Eu perguntei a este paciente o que poderia ser feito para acabar com este esquema.
Além da reestruturação política ele mencionou a importância de fiscalizar estes aliados.
Segundo ele “cabo eleitoral” nunca trabalha de graça, ou melhor, nada em uma eleição é de graça ou por alguma ideologia – se o candidato vence a eleição ele tem que devolver até o triplo do que foi investido através de empregos e falcatruas em licitações para favorecer estes aliados.
Quando se ouve isto dá muita tristeza muito grande. Dá vontade de não ser honesto, de cobrar mais caro numa restauração ou de deturpar orçamentos, mas – felizmente – caráter e consciência não são vendidos – então, o que se pode fazer?
- Eu assisti boa parte destas armações em eleições em minha cidade, mas nunca parei para responsabilizar os aliados de candidatos.
Quantas pessoas vi se enriquecerem só por estar trabalhando na prefeitura; quantas licitações não realizadas; concursos anulados e troca de favores com dinheiro público, mas nunca percebi a triste responsabilidade dos parceiros políticos.
Este paciente disse ainda que a conscientização seria a única solução, já que “política brasileira é uma grande empresa que não aceita muitos sócios”.
“Se o povo começar a investigar estes aliados a corda arrebentará para o lado mais fraco e há chances de chegar ao cabeça do esquema”.
“Se você conhece alguém que defende algum político corrupto e até ajuda este cara a se reeleger, tente mostrar para este indivíduo o mal que ele pode estar fazendo para sua cidade, Estado e Páis”
“O povo não tem que só sair na rua, tem que entender que somos responsáveis por nosso país. Este papo de não saber em quem votou na última eleição é palhaçada, e inaceitável. Tem muito fdp ganhando dinheiro com nossa despreocupação em relação a dignidade deles”.
Este paciente hoje é advogado de uma Ong e pretende montar uma Ong para denunciar a corrupção.
Se esta história valeu para algo, que sirva de exemplo, apesar que EXEMPLO NÃO VIVE DE TEORIA, VAMOS PRATICAR! VAMOS DENUNCIAR OS ALIADOS PRA CHEGAR AOS “CABEÇAS DO ESQUEMA”.
Glauco Viana.
Glauco Viana
Enviado por Glauco Viana em 30/10/2013