DESPREPARO PARA MALDADE
Não vejo outra explicação para atrocidades morais, sociais, sexuais, policiais, políticas...O ser humano tem que entender que é uma espécie adversa à maldade. Isto não faz parte da nossa condição. Não temos estruturas para prejudicar nosso semelhante.
Muitos podem até insistir por um tempo, mas o fim é trágico quando se leva uma vida baseada na trapaça, vagabundagem e mentira. Temos vários exemplos desta feliz lógica.
Já conheceram algum político corrupto que teve a tão sonhada paz espiritual depois de enganar por anos uma cidade, um estado ou um país? – Acho que a confusão que virou a vida de Toninho Malvadeza (Antonio Carlos Magalhães) após sua morte conclui isto.
Já repararam na desgraça que deve ser a vida de um traficante? - Ganha rios de dinheiros, mas não pode nem pescar sossegado no “corguinho” da favela com medo da polícia.
E vida de um assaltante de banco? – Se arrisca, planeja por meses um assalto, troca de nome...Enfim faz uma reviravolta estratégica para não poder nem depositar o dinheiro em qualquer banco; ou até mesmo gastar.
E os assassinos? – Tiram vidas, mas correm riscos de vida na cadeia.
E os falsos amigos? – Mentem, enganam, mas no final não tem amigos nem para carregar seu próprio caixão.
E os chefes exploradores? – O lucro das empresas sempre fica na justiça trabalhista.
E os empregados mal intencionados? Tem que serem bons na escolha do advogado, pois corre o risco de participar de uma única audiência.
Dizem que o bem só existe se o mal existir, talvez seja. “O que seria da paz sem a guerra?” Mas pensar em prazer nestas horas é mais racional. Abraçar dá mais prazer que insultar, isto é fato. Beijar dá mais prazer que cuspir, isto é fato. Dar um presente engrandece a alma mais facilmente que roubar o dinheiro da caixinha da igreja, isto é fato.
A lógica felizmente se confunde com a emoção quando se encontra na corda bamba entre amar e odiar.
Se emocione e pense que você não tem preparo nenhum para fazer mal a ninguém. Isto não é para nossa espécie!!!
Abraços
Glauco Viana
Glauco Viana
Enviado por Glauco Viana em 02/07/2010